"Continuo a mesma Cora de sempre, prefiro ser considerada rude, irônica, a viver com máscaras"

Coragoiana

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Para Sonhar

Amo poesia... E este poema é para mim muito especial. Atrevo-me a pensar que Drumond pensava em mim quando o escreveu. Nele o poeta reconhece que seu coração não é mais vasto do que o mundo, como ele imaginara:

MUNDO GRANDE

Não, meu coração não é maior que o mundo

É muito menor.

Nele não cabem nem as minhas dores.

Por isto gosto tanto de me contar

Por isso me dispo,

por isso me grilo,

por isso freqüento os jornais, me exponho

[cruamente nas livrarias:

preciso de todos.

Sim, meu coração é muito pequeno.

Só agora vejo que nele não cabem os homens.

Os homens estão cá fora, estão na rua.

A rua é enorme.. Maior, muito maior do que eu

esperava.

Mas também na rua não cabe todos os homens.

A rua é menor que o mundo.

O mundo é grande.

Tu sabes como é grande o mundo.

Conheces os navios que levam petróleo e

livros, carne e algodão.

Viste as diferentes cores dos homens,

as diferentes dores dos homens,

sabes como é difícil sofrer tudo isso,

amontoar tudo isso

num só peito de homem... sem que ele estale.

Fecha os olhos e esquece.

Escuta a água nos vidros,

tão calma. Não anuncia nada. Entretanto escorre nas mãos,

tão calma! vai inundando tudo...

Renascerão as cidades submersas?

Os homens submersos – voltarão?

Meu coração não sabe.

Estúpido, - ridículo e frágil é meu coração.

Só agora descubro como é triste ignorar certas coisas.

(Na solidão de indivíduo desaprendi a linguagem

com que os homens se comunicam).

Outrora escutei os anjos,

as sonatas, os poemas, as confissões patéticas.

Nunca escutei voz de gente.

Em verdade sou muito pobre.

Outrora viajei

países imaginários, fáceis de habitar,

ilhas sem problemas, não obstante exaustivas

e convocando ao suicídio.

Meus amigos foram às ilhas.

Ilhas perdem o homem.

Entretanto alguns se salvaram e

trouxeram a notícia

de que o mundo, o grande mundo está

crescendo todos os dias,

entre o fogo e o amor

Então, meu coração também pode crescer.

Entre o amor e o fogo,

entre a vida e o fogo,

meu coração cresce dez metros e explode.

- ó vida futura! Nós te criaremos.

Carlos Drumond de Andrade

Avaliação de Matemática - S.M.B (Sistema Monetário Brasileiro)

Raciocínio Lógico – 3ª Série

1- Observe estas cédulas (notas) e responda as seguintes perguntas :
1- Roberta foi às compras para adquirir presentes (roupas e brinquedos para sua filha Mariana) Na loja, Roberta encontrou as seguintes mercadorias e preços:
a) vestido de roda 45,00
b) par de sapato de princesa 38,00
c) blusa manga longa 19,00
d) blusa manga curta 12,00
e) Calça jean’s 42,00
f) par de meias finas 8,00
g) calcinha bordada 7,00
h) boneca soninho 36,00
i) Jogo educativo 27,00
j) bicho de pelúcia 31,00
2- Perguntas:
a) Se Roberta comprar para Mariana: 1 vestido de roda, 1 calcinha bordada, 1 par de meias finas e 1 par de sapatos de princesa, quanto gastará? Quanto receberá de troco se pagar com uma cédula (nota) de 100,00?
b) Se Roberta comprar todas as mercadorias para Mariana, quanto gastará? Com quais cédulas (notas) poderá pagar?
c) Se Roberta comprar somente 1 jogo educativo, quanto gastará? Quanto receberá de troco se pagar com uma cédula (notas) de 50,00?
d) Se Roberta comprar 1 bicho de pelúcia e 1 boneca soninho, quanto gastará? Roberta não vai pagar com a nota de 100,00. Então com quais (cédulas) notas poderá pagar?
e) Se Roberta comprar 1 calça jeans e pagar com uma nota de 50,00 quanto receberá de troco?
f) Se Roberta comprar 1 blusa de manga longa, 1 blusa de manga curta quanto gastará? Roberta não vai pagar com a nota de 100,00 e nem com a nota de 50,00. Então, com quais notas poderá pagar, para não precisar receber troco?
g) Se Roberta comprar 1 vestido de roda e pagar com uma nota de 50,00 quanto receberá de troco?
h) Se Roberta comprar 2 calça jeans e pagar com uma nota de 100,00 quanto receberá de troco?








NETIQUETA




NETIQUETA é a etiqueta que se recomenda observar na internet. A palavra pode ser considerada como uma gíria, decorrente da fusão de duas palavras: o termo inglês net ( que significa "rede") e o termo "etiqueta" (conjunto de normas de conduta sociais ).
Regras da NETIQUETA:
Não usar o computador para prejudicar as pessoas;
Não interferir no trabalho de outras pessoas;
Não se intrometer nos arquivos alheios;
Não usar o computador para roubar;
Não usar o computador para obter falsos testemunhos;
Não usar nem copiar softwares pelos quais você não pagou;
Não usar os recursos de computadores alheios sem pedir permissão;
Não se apropriar de idéias que não são suas. Pense nas consequências sociais causadas pelo que você escrever;
Usar o computador de modo que demonstre considerações e respeito.
BIBLIOGRAFIA
www.uniorka.com.br




segunda-feira, 28 de setembro de 2009

COMEÇAR DE NOVO


Por Coraci Machado Araújo

Esse poema eu escrevi um dia que vinha daquelas viagens de visita às escolas.(2001/2004) Naquela oportunidade vinha da Gleba Martins. Era uma época que tinha muitas queimadas e os rios estavam quase secos. Algumas árvores começavam vestir uma nova roupagem e os passarinhos, timidamente, cantavam e procuravam, em vão, frutas para comer.

Por isso, esse poema sobre o desrespeito ao meio ambiente, suas conseqüências e a força da natureza de superar os maus tratos e começar de novo.

O fogo passou levando tudo

O que era alegria virou tristeza

A floresta ficou de luto

Com a mancha da natureza


No coração da floresta,

Uma chaga, um desespero

Alguém fez derrubada

E a alma maculada

De milhões de brasileiros.


O rio perdeu seu leito

Suas matas ciliares

E chora sem caminho, sem estrada

Sob imponentes olhares

Suas águas espalhadas

Suas margens assoreadas

Pelas árvores derrubadas.


Nas árvores do cerrado

Os pássaros não cantam mais

Em cada pedaço de chão

O que era paz

Virou lágrima no sertão

No coração dos animais.


A água que banhava o varjão

Secou seu manancial

Para esse coração nenhum cirurgião

Nenhum quarto de hospital.


Homem, motosserra, machado, fogo

Só ingratidão

A natureza começa de novo

E leva esperança ao povo

Com uma nova certidão.


Sob novos olhares da sociedade

Após as chibatas e grilhões

A natureza não está morta

Dá seu grito de liberdade

E vai procurando respostas

Para suas indagações.


Como fênix, apesar do amor ferido

Das cinzas vai renascendo

Fazendo pulsar seu coração sofrido

E sua história vai sobrevivendo.

Veja:

A chuva que deita e levanta o pé de feijão

Fazendo o milagre da transformação

Da semente, o grão, para a mesa do cidadão.


Na margem do rio e em seu leito

A água desce seu curso na maior calmaria

Como se imitasse o jeito

De uma romaria.


A floresta vai se recompondo de mais uma jornada

Renascendo agora

De alma lavada

Do que lhe fizeram outrora.


Os pássaros felizes em seus ninhos de amor

Esperam confiantes

Que germine a semente

Que se fará flor

E será mesa farta, para a família do pássaro e do trabalhador.


A ressurreição do cerrado

Depois da passagem do fogo

Tudo parece passado

As árvores se vestem de flores

De todas as cores

E começam de novo.

ESCRITO EM 21-10-02